Uma economia contemporânea de baixa emissão de carbono é, além de uma mudança internacional, uma meta a ser atingida pelas nações onde o desenvolvimento das mesmas esteja atrelado à sustentabilidade global, uma vez que elas lutarão contra a propagação de Gases de Efeito Estufa (GEE) provenientes de seus recursos.
Os impactos contínuos vindos dos GEE podem se tornar irreversíveis, o que desencadeia numa crise climática mundial gerando, por tabela, mudanças sociais, econômicas e ambientais também.

Produtores atuam diretamente na implementação dos Sistemas Agroflorestais na RDS do Uatumã. Foto: Eduardo Zappia
Em 2009, o Brasil assumiu, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Copenhage, o desafio de conter um dos principais precursores de emissões de CO2 e devastadores de seu território: o desmatamento da Amazônia.
Para reverter o quadro atual e ocasionar mudanças, o plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) foi criado para fazer com que tais práticas, além de trazerem renda aos produtores rurais, mitigassem os efeitos das mudanças climáticas.
Na Amazônia, o Programa Carbono Neutro Idesam (PCN) mantém atividades na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã para desenvolver as comunidades locais que ali residem através do plantio de sistemas agroflorestais que são, naturalmente, uma forma de agricultura de baixa emissão de carbono.
O extrativista e agricultor Aldemir Queiroz faz parte do grupo de comunitários beneficiados pelo Carbono Neutro Idesam. Pai de 9 filhos e avô de 7 jovens, ele mantém dois sistemas agroflorestais em sua propriedade, na Reserva do Uatumã. Com uma rotina que vai desde 5h da madrugada até o põr-do-sol, Aldemir produz as frutas e verduras para a própria subsistência e ainda planeja expandir sua produção.

Aldemir foi o primeiro beneficiado pelo PCN. Foto: Izamir Barbosa
“O futuro do meu Sistema Agroflorestal está no manejo madeireiro, principalmente do Pau-rosa. Eu ensino meus filhos e netos desde já a trabalhar em sintonia com a natureza para evitar a agressão ao meio ambiente”, afirma Aldemir Queiroz.
O desenvolvimento de produtores rurais cresce em sintonia com o reflorestamento da reserva, com apoio das empresas e indivíduos interessados em compensar suas emissões de carbono. Os plantios colaboram para a retenção do CO2 da atmosfera com base no protocolo GHG (Green House Gas).
“O Idesam me proporcionou a oportunidade de construir um sistema agroflorestal e me ensinou como fazê-lo”, finaliza.