Mediante preocupação mundial com o aquecimento global, o anúncio marca o primeiro posicionamento da presidente Dilma Rousseff sobre o assunto.
Em encontro com a chanceler alemã Angela Merkel na última quinta-feira(20), cuja maior expectativa com a vinda ao Brasil era de ganhos na área de mudança climática, Dilma afirma que até o fim do século XXI o país se encontrará com a economia descarbonizada, o que resulta em atenuações radicais de emissões de gases de efeito estufa por meio de cortes consideráveis no manejo de combustíveis fósseis.
— Avançamos também na cooperação ambiental: acordamos compromissos comuns para enfrentar a grande questão do século XXI, as mudanças do clima. Se nós queremos evitar de fato que a temperatura global aumente dois graus, o nosso compromisso com a descarbonização no horizonte de 2100 é algo relevante — disse Dilma durante a declaração conjunta à imprensa, ao lado de Merkel.
Em junho, a presidente assumiu a posição de dizimar o desmatamento na Amazônia e reflorestar 120 mil km2 até 2030.
Segundo Dilma, a declaração reflete o compromisso do Brasil e Alemanha para o êxito da próxima Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP-21), em dezembro, em Paris.